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Especialista tira dúvidas sobre o tratamento de superfície do sistema Reiki
O tratamento de superfície do alumínio é uma etapa indispensável ao sistema Reiki, pois o perfil recebe um acabamento que mantém o material íntegro protegendo-o dos processos de corrosão e, portanto, estendendo seu tempo de vida útil. A Engenheira Química, Paula Bettiol, esclarece pontos importantes a respeito do processo de tratamento da superfície dos perfis de alumínio do sistema Reiki. Em 2013, a engenheira teve a oportunidade de trabalhar em uma anodizadora, onde aprendeu princípios fundamentais do processo de anodização. Em 2014, iniciou na Claumann (empresa especializada em pintura eletrostática) como auxiliar de qualidade e, no final de 2015, assumiu o controle de qualidade dos materiais pintados. Segundo Paula: “Ser responsável pelo processo de pintura e anodização dos produtos da indústria BBa é uma oportunidade única de ver nosso empenho, trabalho e estudo se tornarem algo concreto e aplicável a partir da transformação de conhecimento. É muito gratificante saber que, apesar de ser apenas uma pequena etapa do sistema Reiki de produção, estamos participando e acompanhando estas transformações.”
Engenheira Química, Paula Bettiol, da empresa Claumann.
Confira as perguntas feitas à Engenheira Química, Paula Bettiol, e suas respostas: 1. Quais as vantagens e desvantagens do processo de pintura dos perfis de alumínio do sistema Reiki em relação a outras matérias-primas como ferro? Todo substrato metálico, seja de liga ferrosa (que possui ferro em sua composição como, por exemplo, os aços) ou não-ferrosa (por exemplo, o alumínio) está sujeito ao processo de corrosão. Em algumas situações, este processo é mais rápido e em outros metais ocorre de forma lenta podendo ser benéfica, como é o caso do alumínio, material que pode ser utilizado sem tratamento, quando aplicado em meio ambiente não tão agressivo, onde a geração natural da camada passiva de óxido lhe garante alguma proteção, apesar de sua fragilidade e fácil remoção. As ligas de alumínio para o sistema Reiki possuem baixa densidade e proporcionam, portanto, maior leveza e resistência se comparadas às ligas ferrosas. Além da boa resistência mecânica é possível aumentar a proteção contra a corrosão nas ligas de alumínio através do processo de pintura eletrostática a pó, onde o material passa por um pré-tratamento, que serve como ancoragem para a tinta conferindo-lhe resistência à corrosão. Este material recebe, então, uma pintura (filme de tinta) com camadas de, no mínimo, 60 mm, tornando-se ideal para locais com agentes ambientais mais agressivos, como é o caso da maresia nas regiões litorâneas. Neste caso, as ligas ferrosas, mesmo após tratadas ainda sofrem com a oxidação prematura, fazendo com que seu tempo de vida útil se torne menor e as manutenções mais frequentes, se comparados aos locais longe da maresia, por exemplo. 2. Quais as maiores desvantagens do processo de anodização do sistema Reiki na hora do arquiteto especificar este procedimento? Existe alguma cor com maior grau de complexidade? O processo de anodização apresenta algumas desvantagens que, na verdade, podem ser vistas como dificuldades, uma vez que a qualidade da anodização permite excelente proteção à corrosão e intempéries. A primeira dificuldade encontrada, portanto, está relacionada às peças com defeitos de extrusão. Como a anodização proporciona a geração de uma camada de óxido micrométrica transparente, ou seja, não existe um recobrimento da peça como na pintura, os defeitos acabam sendo mais evidenciados. Outra dificuldade encontrada no processo de anodização está relacionada com a produção dos materiais eletrocolorizados, uma vez que estes demandam um cuidado maior com as variáveis envolvidas no processo de produção – temperatura, concentração, tempo de imersão, área e formato dos perfis, entre outras. O processo sensível requer dos operadores uma maior atenção e cuidado na obtenção das tonalidades desejadas. A maior dificuldade observada em produção refere-se aos tons de bronze (1001, 1002,1003 e 1004) uma vez que as faixas de trabalho, como temperatura e tempo de imersão, são muito próximas e sensíveis à obtenção da cor. Poucos segundos impactam no acabamento destas tonalidades e dificultam a homogeneidade das cores e lotes de materiais produzidos. O que acaba se tornando curioso é que no Brasil temos a cultura de homogeneidade nas cores das janelas. Os europeus, por exemplo, se preocupam primeiramente com a qualidade do material, proteção à corrosão e sua durabilidade, sendo que a coloração não é fator determinante. 3. Quais os procedimentos de sustentabilidade realizados pela Claumann? A Claumann conta com um sistema de gerenciamento de resíduos conforme as legislações ambientais vigentes realizando o tratamento de efluentes no processo de pré-tratamento, onde a água tratada retorna ao rio (corpo receptor) nos padrões adequados e até em melhor qualidade. A empresa efetua, ainda, a deposição dos resíduos perigosos e não perigosos em aterros industriais e destina os materiais recicláveis – plástico, papelão e sucata de alumínio – à reutilização. Além disso, conta com uma cisterna instalada para captação da água da chuva, que realiza a refrigeração do telhado, no pavilhão fabril, que torna o ambiente mais confortável aos empregados, principalmente nos dias quentes de verão. 4. Quais dicas são recomendadas para limpeza na estrutura do alumínio pintado e/ou anodizado para maior durabilidade e melhor aspecto visual do sistema Reiki? As dicas para limpeza e conservação para materiais pintados e anodizados constam na “ABNT NBR 12609:2012 Alumínio e suas ligas – Tratamento de superfície – Anodização para fins arquitetônicos – Requisitos”. Recomenda-se a utilização de detergente neutro – não usar produtos alcalinos ou ácidos. A aplicação deve ser realizada com esponja macia, não sendo recomendável a utilização de ferramentas como facas, palhas de aço, entre outros materiais mecânicos uma vez que estes podem danificar permanentemente a camada anódina, diminuindo seu poder de proteção. É indicado que a limpeza dos produtos seja realizada da seguinte forma:
- classe A13 (baixa/média agressividade à corrosão) – camadas de 11 a 13 mm: a cada 18 meses;
- classe A18 (alta agressividade à corrosão) – camadas de 16 a 20 mm: a cada 12 meses e;
- classe A23 (excessiva agressividade à corrosão) – camadas de 21 a 25 mm: a cada 6 meses.
As dicas para pintura constam na “ABNT NBR 14125:2016 Alumínio e suas ligas — Tratamento de superfície — Requisitos para revestimento orgânico para fins arquitetônicos”. Recomenda-se a utilização de detergente neutro, onde o mesmo deve ser aplicado com esponja macia, sem o auxílio de ferramentas mecânicas que podem arranhar e danificar o acabamento da tinta. Sugere-se colocar uma medida de 10 ml de lustra móvel ou silicone líquido na água, com detergente neutro, visando ajudar a manter o brilho das peças e, também, proteger a pintura. Vale salientar que, a realização de todos os processos de manutenção/limpeza conforme as normas aumentam a durabilidade e colaboram para a conservação dos produtos Reiki. Fonte: Claumann – Engenheira Química, Paula Bettiol. Fotos: Claumann